ROSETTA: EXAMINANDO A PAISAGEM


Imagem da NAVCAM de 9 agosto a 99 km (ESA/NAVCAM).

Hoje marca 13 dias desde que a sonda europeia Rosetta chegou a 67P / Churyumov-Gerasimenko, um pequeno cometa de apenas 5 Km de diâmetro situado a mais de 400 milhões de Km da Terra e que se move por algo tão gigantesco como o Sistema Solar a uma vertiginosa velocidade de mais de 55.000 km por hora.
Desde então e até dia 17 manteve-se há  uma centena de quilômetros de distância descrevendo uma trajetória triangular que permite mapear a superfície de Chury determinando a distribuição da densidade e da massa do cometa, uma etapa preliminar necessária antes de chegar mais perto e tentar entrar em órbita ao redor do núcleo.
Seguindo este caminho, os pesquisadores da missão podem determinar pequenos desvios causados ​​pela gravidade de Chury e determinar a sua massa e densidade com precisão. Rosetta brevemente disparou seus propulsores nos dias 10 e 13 de agosto a para poder traçar os lados do triângulo. Devido à gravidade do cometa e da geometria da trajetória, a distância entre a sonda e Chury não foi constante nesta fase. Em 17 de agosto a sonda retomou a sua aproximação do núcleo para localizar-se a cerca de 50 km de distância de onde ele irá descrever o mesmo caminho triangular até 3 de Setembro, quando chegará a 30 quilômetros para ficar finalmente em órbita de Chury.
As surpresas que Rosetta descobrirá nesta velha rocha de mais de 5 bilhões de anos nos revelarão com certeza alguns dos mistérios da formação de nosso próprio Sistema Solar já que em novembro, do interior da sonda, sairá o módulo Philae que aterrissará no cometa para estuda-lo.
A aterrisagem no cometa será uma das manobras mais complicadas em toda história da era espacial.

Instrumentos de Rosetta e Philae (ESA).


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