Projeto Rosetta: O final de um sonho


A missão Rosetta chega  abreviadamente ao seu fim. A posição em que o módulo Philae pousou no cometa não lhe dá luz de sol suficiente para recarregar as baterias e o módulo entra em hibernação. Isso não significa o fim da missão. A medida que o cometa vai se aproximando do Sol e a intensidade de luz aumente talvez seja possível voltar a trabalhar.
É decepcionante saber que ele iria continuar conosco mais alguns meses mandando dados sobre a origem do universo que estão ocultos nas rochas primordiais do cometa.
Philae trabalhou até o esgotamento de sua bateria primária não recarregável, projetada para enfrentar situações como essa e dar tempo de cumprir objetivos mínimos. Por isso ainda conseguiu enviar inúmeros dados científicos incluindo do penetrómetro MUPUs e mais importante sendo capaz de perfurar com broca 25 cm de rocha e enviar inúmeras informações da composição do solo do cometa.

Todo o problema se deu no momento da aterrisagem quando o instrumento encarregado de fixar Philae ao solo falhou e o modulo pulou duas vezes de posição acabando por se estabilizar junto a uma parede rochosa em que recebe a luz solar apenas por 1,5 hora a cada 12 horas, insuficiente para recarregar suas baterias de trabalho.

Philae encontra-se agora profundamente adormecido, poupando a pouca energia disponível para manter-se vivo e esperar tempos melhores de luz. Quem sabe um dia o escutaremos de novo mas mesmo se isso não aconteça ele é um testemunho eterno e silencioso de que um dia a humanidade foi capaz de pousar em um desses corpos primitivos do sistema solar. Só podemos ser gratos a todos aqueles que tornaram isso possível. Até um dia pequeno Philae.

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