A ESCULTURA DE MADEIRA MAIS ANTIGA DO MUNDO: 11.000 ANOS



O notável Idolo de Shigir é coberto em código criptografado que podem ser mensagens dos homens primitivos. Esta é de longe a mais antiga escultura de madeira do mundo.
O acelerador de espectrometria de massa (AMS) é o culpado por esta escultura em madeira, de repente, com idade entre 1500 anos. Cientistas alemães usaram a técnica de medição de datação por radiocarbono da estátua, encontrado em 1890 em um Shigir turfeiras, no extremo leste da Sibéria. Dos cerca de 9500 anos de idade passou de 11.000, mais do dobro as pirâmides egípcias.
Shigir ídolo, já a mais antiga estátua conhecido de madeira, esculpido no início do Holoceno, época em que os humanos começaram a dominar o planeta. Os peritos pensam que a escultura foi criada por motivos religiosos ou espirituais, e demonstrando que os caçadores-coletores dos Urais eram tão avançados quanto os primeiros agricultores do Oriente Médio. Na verdade, é tão antiga quanto a estelas ou pilares antropomórfico Göbekli Tepe (sudeste da Turquia), considerado o mais antigo local de adoração no mundo.


A figura, que permanece em Yekaterinburg History Museum, mostra ao longo do corpo várias faces, símbolos e pictogramas que são objecto de especulação. Professor Mikhail Zhilin, do Instituto de Arqueologia da Academia de Ciências da Rússia, argumenta que os ornamentos que cobrem esse ídolo do Mesolítico são "informações criptografadas, uma forma de transmitir conhecimento".
O ídolo construído em larício e bem preservado na turfa, mede 5,3 metros de altura, mas a negligência de conservação o fragmentou até deixá-lo com 2.8 metros.
Mikhail Zhilin, pesquisador-chefe da Academia de Ciências da Rússia, do Instituto de Arqueologia, ficou entusiasmado com a possibilidade de analisar o ídolo. “O ornamento é coberto com nada além de informações criptografadas. As pessoas estavam passando conhecimento para o futuro, com a ajuda do ídolo. Enquanto as mensagens permanecem ‘um mistério absoluto para o homem moderno’, ficou claro que os criadores da figura viviam em total harmonia com o mundo, com desenvolvimento intelectual avançado, e um mundo espiritual complicado”, disse ele.
As marcas e hieróglifos poderiam ter vários significados para os antigos, que deram ao ídolo sete faces, das quais apenas uma é tridimensional, dizem acadêmicos.

“Se estas são imagens de espíritos que habitavam o mundo humano em tempos antigos, a posição vertical das figuras (um acima do outro) provavelmente se relacionam com a sua hierarquia”, disse o autor Petr Zolin, citando o trabalho científico feito por Svetlana Savchenko, mantenedor chefe do Shigir Idol, e Zhilin. “Imagens nos planos frontal e traseiro do ídolo, possivelmente indicam que eles pertencem a mundos diferentes. Se houver mitos sobre a origem do homem e do mundo retratado, o arranjo vertical das imagens pode refletir a sequência de eventos. Ornamentos podem ser sinais especiais que marcam algo significativo”, complementa.


COMPREENDER NOSSA ATMOSFERA...EM MARTE



“Entender o que aconteceu com a atmosfera de Marte vai informar nosso conhecimento sobre a dinâmica e evolução de qualquer atmosfera planetária”, afirmou John Grunsfeld, astronauta e administrador associado do Diretório de Missões Científicas da Nasa. A sonda MAVEN que começou suas atividades científicas há cerca de um ano também está estudando o assunto e em Marte.
Se os humanos existissem na Terra há alguns bilhões de anos, nós definitivamente não chamaríamos Marte de “planeta vermelho”. Sua cor predominante não era composta pelas tonalidades desérticas que vemos hoje, muito pelo contrário. Evidências observadas por várias sondas indicam que, naquela época distante, a água fluía abundantemente na superfície, formando rios, lagos e talvez até oceanos. A temperatura era mais amena e todo o ambiente era mais úmido - podendo, inclusive, abrigar vida.
O principal palpite dos cientistas é que essas condições climáticas quase terráqueas só foram possíveis graças à existência de uma atmosfera mais espessa, só que ela foi se perdendo ao longo das eras. Marte se tornava um lugar cada vez mais frio e seco conforme seu ar atmosférico ia escapando para o espaço. Até esta quinta-feira (5/11), as causas dessa perda gradual não eram bem compreendidas. Mas a Nasa anunciou que tem novidades sobre o processo que mudou a cara do planeta (que virou) vermelho.
Dados coletados pela sonda MAVEN, lançada em novembro de 2013 justamente para estudar a atmosfera marciana e entender o que aconteceu com ela no passado, confirmaram que o grande responsável pela dissipação da atmosfera de Marte é o vento solar. Composto por prótons e elétrons carregados que se desprendem do Sol e viajam pelo espaço a cerca de 1,6 milhão de quilômetros por hora, essas partículas que carregam campos magnéticos podem gerar campo elétrico ao passar pelo planeta vermelho. Isso acaba acelerando os íons da atmosfera superior e os lança para o espaço.

Mais do que definir o processo, a Nasa também revelou informações mais específicas sobre ele: a ação do vento solar faz com que 100 gramas de gás sejam perdidos por segundo. “Como o roubo diário de algumas moedas de um caixa, a perda se torna significativa com o tempo”, disse em comunicado Bruce Jakosky, investigador principal da missão e pesquisador da Universidade do Colorado. As medições da sonda também revelaram que a dissipação é significativamente mais intensa durante tempestades solares, o que leva a crer que a taxa era bem maior há bilhões de anos, quando o Sol era mais jovem e mais ativo. A teoria explica o porquê de o clima marciano ter mudado tão radicalmente.